Comitê em defesa dos territórios frente à mineração lança vídeo sobre a Vale SA
Buraco do Rato – um filme sobre a Vale S.A denuncia o processo de privatização da Vale, as espionagens promovidas pela empresa, os ataques aos movimentos sociais, entre outros crimes cometidos pela Vale.
“A Vale num vale nada.
Uma empresa sem escrúpulos, sem moral, que usa de subterfúgios para atingir a meta do lucro a qualquer custo.
Privatizada a preço de banana no governo Fernando Henrique Cardoso, seguiu minerando, destruindo, poluindo e matando sem qualquer interferência do Estado Brasileiro.
Suas principais ferrovias e portos foram construídos com dinheiro público, não, mas isso não retornou em impostos para estados e municípios, pois a Vale é beneficiada por uma porção de isenções fiscais.
Veja um exemplo, em 1997, ano da privatização fraudulenta da Vale, é beneficiada pela Lei Kandir, que entre outras coisas isenta de ICMS a exportação de produtos manufaturados. Só entre 1996 e 2013, só de ICMS a Vale deixou de pagar, pelo benefício da Lei Kandir, R$ 20 bilhões só para o estado do Pará.
O Estado do Pará, que teve tantas vezes sua história manchada de sangue pela Vale. Em 1996, trabalhadores do MST faziam uma marcha pacífica em Eldorado dos Carajás, mas a Vale queria passar com seus caminhões de minérios, então arcou com todas as despesas para que a Polícia Militar acabasse com a manifestação (estes dados constam nos autos dos processos). Dezenove trabalhadores do MST foram brutalmente assassinados na operação.
Mas não lhe cabem só estas mortes. Quantos funcionários perderam suas vidas trabalhando em suas operações? Quantos perderam a vida atropelados pelos seus trens de minérios? Quantos morreram doentes pela contaminação da água, do solo e do ar?
Mas só isso não era suficiente, ela espiona, infiltra pessoas nos movimentos, ela quer impor uma ditadura dentro do estado brasileiro.
Doações de campanhas a políticos da Comissão Especial, jogos, manipulação.
O Buraco do Rato, produzido pelo Comitê retrata esta história.
Depois de assisti-lo, nos responda: Quanto Vale a Vale?”
Fonte: Em Defesa dos Territórios Frente a Mineração